O cinema é uma arte propiciadora de momentos únicos, daqueles que se recorda quando vamos na rua; quando estamos sentados num banco de jardim; quando damos voltas na cama e esperamos que o sono chegue; quando atravessamos uma longa recta na autoestrada; enfim, sempre que à mente se lhe propicie a evasão, e sempre que à evasão corresponda o intrépido e sempre presente instinto de recordar 'aquela' cena, 'aquela frase' ou 'aquela' sequência. Não importa se são momentos de choque, de terror, de comédia, de suspense, de adrenalina, de espanto, de enternecimento, de repúdio, de revolta ou da mais pura satisfação. Importa sim honrar a memória do cinema e dos momentos que, cinéfila e emocionalmente falando, são inesquecíveis pela arte e pelo génio que encerram.
Vale a pena vasculhar o baú, vale a pena perder tempo a perscrutar onde foi que o cinema atingiu o auge da criatividade e da beleza. Faz bem saborear, mesmo estranhando à primeira, o que de melhor trazem os filmes: seja o "Heeeere's Johnny" de Nicholson, o "I love the smell of napalm in the morning", o (primeiro) "Bond, James Bond", ou o tiroteiro na escadaria de Odessa do fabuloso Couraçado Potemkin. Não importam os momentos. O mais importante mesmo é recordar e, com isso, aprender.
1 comentário:
Corretissimo! Cinema é tudo isso.
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