Se o Comité Nobel tivesse decidido a atribuição do prémio apenas 48 horas mais tarde, não teria melhor individualidade para premiar do que Martín Palermo. Sim, esse nada ortodoxo futebolista que no passado dia 10 evitou uma desobediência civil em larga escala em Buenos Aires, além de um número significativo de suicídios. É por causa de momentos destes que o futebol é o desporto-rei. São momentos como este que a espaços vão provando que o futebol é muito mais do que uma bola pontapeada durante hora e meia por 22 homens em calções. É muito, mas mesmo muito mais do que isso. E Palermo - ou "El Loco" - é o último "cientista" a provar a veracidade disso mesmo, para gáudio apoteótico de uma nação inteira, ela mesma, "loca".
Mesmo sem ser grande fã da figura de Maradona (não sou), confesso que Mundial sem a tradicional Argentina é como os Beatles sem o Ringo Starr: pode não ser o mais importante, mas tem de lá estar. Agora sim, temos Mundial.
Só falta mesmo Portugal dizer "presente".
1 comentário:
Fazem falta "Palermos" ao futebol, tanto português como mundial...Gente excêntrica e capaz de literalmente quase tudo dentro do campo com ou sem a bola nos pés..Gente que nos faz sonhar e nos faz comentar "ei viste aquela merda que o gajo fez no ultimo jogo? O gajo é marado"...
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