quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ideias.

Só para reforçar a idea do post anterior:

"Os Estados Unidos lidarão connosco de acordo com aquilo que formos. Ver-nos-ão como uma Europa dividida e virar-se-ão cada vez mais para as grandes potências que contam no mundo. Apostarão cada vez mais num G2 com a China, ou no G20. Mas não num G3, em que a Europa funcionaria como um parceiro igual aos EUA e à China.
É por isso que insisto tanto em que temos de aproveitar este momento histórico para construir uma Europa forte, que fale a uma só voz na cena mundial e que seja capaz de defender os seus próprios interesses."


Timothy Garton Ash

Público, aqui.

3 comentários:

olga disse...

Exactamente, a Europa devia estar unida e falar a uma só voz.

Anónimo disse...

Talvez esteja na altura da Europa crescer e desligar-se dos EUA e acabar com esse seguidismo nada dignificante.

Um primeiro passo seria aproveitar a estrutura militar da NATO e criar uma defesa comum e acabar com essa mesma NATO que mais não é do que o domínio americano estendido à Europa.

Outro passo importante seria criar uma verdadeira constituição europeia que em vez de focar as palavras "mercado" "comércio" "liberalização" etc se centrasse mais nos valores humanos e direitos dos cidadãos e sua respectiva protecção.

Caso contrário seremos sempre vassalos como o fomos durante os criminosos anos Bush.

João Gil disse...

Caro Anónimo, é a sua opinião. Não é a minha todavia.

Os esforços que a UE tem envidado na construção de uma PESC e mais tarde de uma PESD atestam a vontade em unir cada vez mais a Europa politicamente.

A NATO continua a ser uma organização militar que faz sentido para reforçar a segurança e a solidariedade entre os dois lados do Atlântico. Europa e EUA tem uma obrigação histórica e moral de se entendrem e de cooperar. Os anos recentes têm provado que é perfeitamente possível compatibilizar UE e NATO em matérias de segurança e defesa.

Quanto ao seu segundo ponto, digo-lhe que o Tratado de Lisboa vai, em larga medida, "beber" à defunta Constituição Europeia a maior parte das suas disposições. Já que fala em Direito Humanos, creio que o Tratado vem bem longe nesse aspecto, desde logo porque introduz definitivamente a Carta de Direitos Fundamentais como lei comunitária.