domingo, 14 de dezembro de 2008

Quase Grandes.


O terceiro registo destes senhores soa a hino. Ou a hinos se quisermos. Durante a audição é fácil imaginar um tremendo coro de milhares de vozes a entoar entusiasticamente estas melodias numa qualquer sala de concertos, ou em qualquer estádio por esse mundo fora. Day and Age é muito bom. Não sem antes torcer o sobrolho, deparamo-nos com uns Killers desviados do caminho palmilhado até agora. Não soa ao (excessivamente) criticado Sam's Town, muito menos a Hot Fuss. Day and Age é como a Coca-Cola: primeiro estranha-se depois entranha-se. E de que maneira.
No início, além do sobrolho, torce-se também o nariz. Depois já custa menos, mas continua a soar estranho...Volta-se à faixa 1 mais algumas vezes. Até que finalmente os ouvidos se começam a habituar e a engraçar com esta surpresa. Chega a parecer que podiam ter sido os U2 a fazer aquilo. E o veredicto tarda mas sai, como diz o outro, firme e hirto: Day and Age não é muito bom. É fantástico. Além de Human, o primeiro single, o álbum destaca-se por pérolas como Losing Touch ou I Can't Say. Não consigo decidir qual a melhor. Menção honrosa para Goodnight, Travel Well, um pouco mais sombria que as restantes, mas uma saída esplendorosa para o álbum.
Experimentais q.b., Brandon Flowers e os seus estão de parabéns. Deu a volta a muito boa gente, esta sapatada de luva branca chamada Day and Age. Podem não ter passado o teste do segundo álbum, mas passaram certamente o do terceiro. Depois disto, os Killers transformaram-se numa caixa de pandora: o que virá dali a seguir? Futuro risonho para estes senhores.

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