quarta-feira, 1 de julho de 2009

Impasses em Ano Crucial.


Estocolmo assume hoje a Presidência do Conselho da UE. Fá-lo numa altura em que a UE se encontra numa verdadeira encruzilhada institucional, uma espécie de limbo político em que nada se afigura como certo. Incerteza é, neste momento, a palavra que melhor define a hora actual da UE. Até Dezembro, muito ficará decidido. Mas por enquanto o cenário é ainda de incerteza, embora haja assuntos mais incertos do que outros.
Por um lado, há a entrada em funções de um novo Parlamento Europeu, que por si só já acarreta constrangimentos vários, e cuja primeira tarefa será a de se pronunciar sobre o nome do Presidente da Comissão. A Presidência sueca terá de lutar para que isso seja feito já em Julho em vez de no Outono, como é pretendido por alguns.
Por outro lado, a Presidência sueca terá um papel fundamental na continuação dos esforços levados a cabo pela UE com vista à obtenção de um acordo global favorável pós-Kyoto, para o qual a cimeira de Copenhaga em Dezembro poderá desempenhar um papel fundamental. A política ambiental da UE sofreu um revés durante Presidência checa, após o vigor inculcado pela Presidência francesa do último semestre de 2008. A ideia, de reduzir os gases com efeito de estufa no espaço da UE em 20% até 2020, enfraqueceu devido à crise económica e financeira internacional - diga-se, outra das grandes preocupações suecas.
Finalmente, a Presidência terá ainda de contar com a aprovação ainda dúbia do Tratado de Lisboa no referendo irlandês de Outubro que, em caso de rejeição, pode abrir uma nova crise política e institucional no seio dos vinte e sete.
Muito por fazer, muito que esperar. 2009, está confirmado, é definitivamente um ano de transição e de viragem para a UE.

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