quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Transformer (1972).


Transformer, o segundo álbum a solo de Lou Reed, produzido por David Bowie e Mick Ronson, atribui outra profundidade ao glam rock, que à data atingia o seu auge. Já depois dos Velvet Underground e do famoso "álbum da banana" de Warhol, Reed tem aqui das maiores marcas da sua carreira.
A colaboração com Bowie, advinda de uma admiração mútua vinda de trás, catapulta Reed para o estrelato definitivo e dá à luz este Transformer, um álbum perfeitamente limado, e que roça a perfeição de forma quase comovente (todavia deixada em Velvet Undergrond & Nico).
Sim, é aqui que se encontram Vicious, Perfect Day, Walk on the Wide Side e Satellite of Love; todas elas pegadas profundas no terreno movediço no qual a música dos anos 70's se movia. As drogas, a ambiguidade sexual, o álcool, a procura do 'eu', a celebração das pequenas rotinas. Transformer acusa de maneira notória a refinação do som de Reed, talvez até em demasia. Talvez a única que lhe possa ser apontado seja precisamente o facto de não estar ali um Lou Reed a 100%. É, no entanto, um registo extraordinário. Todas as faixas são surpreendentes, dançáveis, despreocupadamente 70's. Destaque, além das suprasumo, para I'm So Free e Make Up, esta última um daqueles exemplos onde mais se nota a marca de Bowie.

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