A capa da Volta ao Mundo deste mês remete-me para uma das melhores experiências da minha vida. Era muito novo é certo, novo demais provavelmente para apreciar devidamente uma cidade como Nova Iorque. Mas lembro-me do movimento, do rush, daquele frenesim tão típico mas ao mesmo tempo ainda tão distante. Nova Iorque é a cidade dos sonhos e cada um vive-a muito à sua maneira, segundo padrões próprios. É uma cidade diferente com o mundo lá dentro, é a capital da tolerância e da liberdade.
Lembro-me da Times Square, assombrosa pelo néon das luzes. Lembro-me da ilha do emigrante, porta de entrada para um admirável mundo novo. Lembro-me da escadaria da Estátua da Liberdade, a perder de vista. Lembro-me da Catedral católica de St. Patrick. Lembro-me de olhar boquiaberto para a infinidade da 5ª Avenida. Lembro-me da Lexington, do átrio do Lowe's, do ritual de comer na rua como qualquer outro. Lembro-me da envolvência pouco familiar de Chinatown e do colossal Central Park. Lembro-me do sítio onde Lennon foi assassinado, dos yellow cabs, dos Lincoln's, e das Torres Gémeas de pé. Lembro-me de tentar capturar a grandeza esmagadora do Empire State e de não ter conseguido.
Lembro-me disso tudo e de muito mais. E digo que tomar o pulso áquela cidade é tomá-la como nossa. Não saí de lá apenas português, saí nova-iorquino. Saí mais cidadão do mundo do que era antes.
Como diz a célebre canção e muito bem:
New York, you're perfect
Don't please don't change a thing...
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