quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alta Fidelidade (2000).



Não, não se trata do filme protagonizado por John Cusack e Jack Black a partir do romance homónimo de Nick Hornby (muito bom por sinal). Não. Trata-se de um dos melhores telefilmes que a SIC teve alguma vez a ideia de produzir - prática que entretanto abandonou não se sabe (pelo menos eu não sei) porquê. Parece, no entanto, que estão mais alguns aí na forja. Se tiverem uma qualidade parecida com este, venham eles.
Alta Fidelidade, realizado a partir de um argumento de Rodrigo Guedes de Carvalho, foi dos objectos cinematográficos que até hoje mais me fizeram vibrar. Uma daquelas histórias que uma vez gravada nos neurónios, nunca mais sai. Alta Fidelidade seria um filme de culto à escala universal se tivesse sido produzido por um qualquer endinheirado estúdio, e se eventualmente se desse o caso de ter chegado ao público pela mão de um...assim de cabeça, Ritchie, Tarantino, Rodriguez, Frears ou um qualquer outro que imaginaríamos a pegar em algo assim. Não foi, não o será quase de certeza, mas também não faz mal. Alta Fidelidade vale por si só conforme está, à moda portuguesinha é certo, e não deixa por isso de ser a prova provada de que com algum desprendimento e criatividade, se podem fazer coisas boas em Portugal.
Não encontro superlativos politicamente correctos para qualificar devidamente Alta Fidelidade, senão os que me ocorreriam numa qualquer conversa de rua. Por isso, não tenho outra solução senão rotular Alta Fidelidade de algo completamente marado dos cornos. Pronto já disse.
Apetite espevitado? Pois. Pena que não haja edição em DVD. Pena também pelo que sei seja difícil arranjá-lo, mesmo por meios menos...ortodoxos. Em suma, a SIC devia pensar seriamente em pôr esta pérola no mercado. Isso sim, valia mesmo a pena. Fica o repto.

1 comentário:

Freitas, o Cowboy do Asfalto disse...

Subscrevo todo este texto acerca do "Alta Fidelidade", um tele-filme que é,na minha opinião, uma pequena e única pérola de um cinema que é mais comparavel aos desvarios de Guy Ritchie ou mesmo Tarantino do que ao lixo que são filmes feitos cá no burgo como "o contrato" ou "corrupção".