segunda-feira, 25 de maio de 2009

Tarantino a Perder Fulgor?


Já estava ansioso por Inglourious Basterds desde o dia em que se soube que ia ser feito. Mas disto não estava mesmo nada à espera. A incursão de Tarantino pelo tema da II Guerra Mundial, junção que só de si faz crescer água na boca, pode ser (repito: pode ser) um tremendo fiasco. Se é verdade que não devemos acreditar em tudo o que nos dizem, também não é menos verdade que alguma coisa deve certamente haver naquele filme para que a crítica não seja minimamente consensual. Não digo que a crítica devesse unanimemente aclamar Inglourious Basterds, mas uma coisa é dizer que o filme não excedeu todas as expectativas de um filme de Tarantino, outra um pouco diferente é alguns críticos terem desancado no filme como se não houvesse amanhã. O senhor do Guardian estava especialmente inspirado: The expression on my face in the auditorium as the lights finally went up was like that of the first-night's audience at Springtime for Hitler. Except that there is no one from Dusseldorf called Rolf to cheer us up.
Não que os críticos saibam tudo, não que a sua palavra possua resquícios divinos, mas o desacordo face a Inglourious Basterds vem, mesmo que não se admita à boca cheia, pôr alguns a pensar se será mesmo possível que Tarantino tenha (pela primeira vez na sua carreira) posto o pé na poça.
Gosto de pensar que a ovação de 11 minutos a que o filme teve direito após a exibição em Cannes (o tal momento em que o senhor do Guardian deve ter tapado os ouvidos) seja justificada. Mas não posso deixar de estar como aquela expressão: Yo no creo en brujas pero que las hay... las hay.

7 comentários:

Samuel Silva disse...

Se os críticos anglo-saxónicos dizem mal e Cannes ovacionou, é bom sinal, pá.
Vamos esperar para ver. Mas mantenho intactas as minhas esperanças de um filme excelente.

Samuel Silva disse...

Falando em Cannes: sai um Hooray! para o João Salaviza.

João Gil disse...

Eu tembém acho que o problema deve estar nos críticos. Mas o problema é que o "fenómeno" não é só anglo-saxónico...

Samuel Silva disse...

Disse isso por teres citado o Guardian. Sendo assim, espero para ver.
Mas o QT já perdeu fulgor no último filme, ainda que entenda o porquê de ser um filme menor entre a sua (mui adorada) obra.

João Gil disse...

Não há de ser nada. Ao Tarantino pode-se perdoar uma falha..;) Mas a ver vamos, haja fé.

Samuel Silva disse...

Mas a estreia ainda demora em Portugal, não é?

João Gil disse...

Pelo que li acho que só pela segunda quinzena da Agosto. Até lá muita tinta há-de correr...;)